Uma unanimidade para quem trabalha com comunicação digital é o antigo costume de se perder muito tempo com estética de posts e não nos damos conta do planejamento em si.
A fim de definir uma maneira de como deveríamos pensar a estratégia e fazer com que as reuniões de briefing e quick of sejam otimizadas, além de darem mais direcionamentos para elaboração de um planejamento estratégico, a f2f-digital desenvolveu um modelo próprio de colocar melhores direcionamentos nos projetos do dia a dia.
Baseado no modelo já conhecido “Business Canvas Model”, ferramenta de gerenciamento estratégico que permite desenvolver e esboçar modelos de negócio criado pelo Alexander Osterwalder, criamos o “Social Media Canvas”, com foco no planejamento de projetos digitais e para as redes sociais.
Uma linguagem compartilhada para descrever, visualizar, avaliar e mudar estratégias de comunicação de mkt digital/redes sociais. Uma representação simples, holísitica e coerente da estratégia de comunicação.
Primeiro, o modelo é dividido em 4 grandes blocos, que se conversam e formam um todo:
- Realidade empresarial: olhar para dentro do cliente e do setor em que ele atua. Entender seus objetivos, capacidades, concorrência e principalmente, onde a empresa quer chegar.
- Conexão: qual tema que ela tem legitimidade para dialogar com seus públicos, ponto em comum com o público tratado de forma interessante e legítima.
- Conversa: Definição da arquitetura digital para desenvolver uma conversa e fazer esse diálogo acontecer de forma fluida e eficiente.
- Mensuração e ajuste: pegar dados e transformar em algo útil e que auxilie a tomada de decisão. Metas e KPI’s de sucesso e insucesso.
Dentro de cada um dos blocos, existem pontos a serem definidos e que impactam diretamente no alcance ou não dos objetivos para cada bloco:
- Realidade empresarial: envolve a defina os objetivos, análise da concorrência e benchmark, capacidades organizacionais, e posicionamento. Trata de entender quais objetivos do negócio do cliente devem ser atingidos, entender o que a concorrência está fazendo e qual deles podemos usar como referência de boas práticas, mapear e definir quais capacidades ficarão a cargo da agência e quais outras serão do cliente para fazer tudo funcionar, e quais atributos serão reforçados na comunicação.
- Conexão: encontrar o ponto em comum entre cliente e públicos, qual assunto poderia ser falado de forma a legitimar o diálogo e que fosse de fato interessante.
- Conversa: editorias, mídia, arquitetura digital e definição de público alvo. Trata de definir quais temas estão interligados com o objetivo de negócio da empresa e merece ser falado, quais mídias serão capazes de potencializar o alcance da comunicação, como construir a presença digital onde o público da empresa está, e definir quais públicos vamos falar e quais não.
- Mensuração: KPI’s. Definição de indicadores conectados com as tomadas de decisão e aos objetivos.
No começo do projeto, montamos o SMC de forma “coconstruída” com o cliente e que a cada 6 meses ou 1 ano ele seja revisado e rediscutido, identificando o que pode mudar, o que funcionou e o que não funcionou.
A ideia é que este modelo caiba em uma folha A4, que esteja a disposição de qualquer pessoa envolvida no projeto. É importante que ele seja tratado documento aberto e vivo, sendo revisitado constantemente, rediscutido e até atualizado se houver necessidade.
Este documento serve de apoio, para ajudar no dia a dia do projeto em direção dos objetivos traçados pela empresa.
Experimentem e contem o que acharam!
Autor: Felipe Bogéa